Em 2023, a rede de organizações parceiras do Instituto Pe. Vilson Groh – Rede IVG facilitou a entrada de 249 jovens no mercado de trabalho, em sua maioria como jovens aprendizes. O dado representa 45% dos jovens com 17 anos ou mais que participaram dos programas de inserção laboral da Rede, marcando o maior índice desde a pandemia.
Dos 249 jovens, 52 participaram do Pode Crer, programa do Instituto Pe. Vilson Groh que oferece uma formação que combina habilidades profissionais e socioemocionais para crianças, adolescentes e jovens da periferia e que acelera a entrada da juventude da periferia no setor de tecnologia e inovação da Grande Florianópolis.
Raoni Amaral, de 19 anos, é um exemplo de sucesso do Pode Crer, agora atuando como jovem aprendiz em uma empresa de tecnologia. A chance veio após participar de um hackathon promovido pelo IVG.
“No Pode Crer, pude desenvolver habilidades, saber que posso crescer profissionalmente na área da tecnologia e me ver com um futuro promissor em espaços que antes pareciam inalcançáveis”, relata Raoni.
Nas fotos acima: Raoni (19) em hackathon, que resultou na oportunidade de jovem aprendiz; e em evento de certificação conclusão do Pode Crer. Crédito IVG.
Meta em 2024 é chegar a 100 jovens no mercado de trabalho
Neste ano, o Pode Crer quer encaminhar 100 jovens ao mercado de trabalho, nas vagas de jovem aprendiz, em especial nas empresas que compõem o ecossistema de tecnologia e inovação de Florianópolis.
Mas é preciso continuar investindo na qualificação dessa juventude e sensibilizando as empresas sobre a Lei da Aprendizagem, que facilita o acesso ao primeiro emprego formal para essa população.
Segundo dados da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), a previsão é de 18 mil novos postos de trabalho até 2025 na Grande Florianópolis. A Neoway, empresa no ramo, aponta que existem mais de 14 mil empresas de economia criativa na capital.
Pe. Vilson Groh, um dos idealizadores do Pode Crer, vê potencial na juventude periférica.
“O jovem da periferia é um grande capital social, uma força de criatividade e de trabalho subaproveitada, mal qualificada, e muitas vezes, perdida precocemente para a violência”.
“No ‘morro’ estava a solução para o ‘vale’”
O diretor de inovação e competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates, é outro idealizador do Pode Crer e conta que a iniciativa nasceu a partir de uma constatação, em 2019, de que os pólos tecnológicos de Florianópolis estavam em regiões de vulnerabilidade social.
“[No morro] há muitos jovens criativos e habilidosos para resolver desafios, algo essencial no setor de inovação. Vimos, portanto, que no ‘morro’ estava a solução para o ‘vale’. Então começamos a trabalhar com o IVG, considerando as demandas do setor, os desafios dessas juventudes e a tecnologia social do Instituto. Temos a absoluta certeza de que esse é o caminho mundial”, enfatiza.
Pode Crer já atendeu mais de mil crianças e jovens
Desde seu início em 2021, o Pode Crer já atendeu mais de mil crianças, adolescentes e jovens, com mais de 120 deles acessando o mercado de trabalho após participar das oficinas do programa. A Caixa e o Governo Federal são parceiros importantes, como patrocinadores, junto com a Associação João Paulo II, o Ministério dos Direitos Humanos, a Fundação Salvador Arena (FSA), o ChildFund Brasil, a FIESC e o SEBRAE/SC.
Pode Crer prepara GenZ para mercado de trabalho
A coordenadora do programa, Tainara Lemos, destaca que o Pode Crer visa desenvolver não apenas habilidades técnicas, mas também habilidades sociais e as chamadas ‘future skills’. “Buscamos preparar os jovens para os desafios e expectativas do mundo corporativo moderno”, afirma.
Um relatório da Great People & GPTW revela que 51,6% das empresas enfrentam dificuldades em lidar com diferentes gerações, especialmente a Geração Z. O Pode Crer se propõe a mudar essa narrativa, equipando os jovens com as ferramentas necessárias para se destacarem no mercado de trabalho.
Mais informações: Lucano Brito (48) 99109-3918.